15.3.11

quarto ano: 1997

A Vida que queremos

Fuja, corra, procure campos verde, 
encontre flores vermelhas.
Agarre as chances inexplicáveis, as alegrias.
Descubra-se, revele-se.
Percorra caminhos inexplorados,
persiga seus objetivos,
viver é o que vale.
Amar, chorar, sentir.
É essa a vida que queremos.
31.07.97
Naquela estação

Veio alguém um dia correndo pela estação,
passou ao meu lado e me arrancou o coração.
Levou consigo meu sorriso.
Saiu andando bem calado.
Tentei perseguir esse ladrão
mas ele sumiu na multidão.
Não consegui, perdi-o...
Um buraco, um vazio no peito
e a inexistência de um ser.
01.08.97



A bela rosa 

Era uma bela rosa,  solitária, triste,
cercada de espinhos na imensidão do jardim.
De aparência frágil, era forte.
Suportava ventanias, chuva e sol.
Estava sempre a perfumar
a vida dos que passavam.
Vivia para isso, era sua missão:
ser bela, mas forte.
Ter espinhos, mas perfumar.
Até o dia do botão fechar
e no jardim restarem só os espinhos
com o perfume pelo ar.
03.09.97

Uma janela

Uma janela aberta dentro do peito,
como uma ferida.
Não que sangre ou que doa,
mas lembra o perfume
de flores vermelhas.
30.11.97






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